quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

True

“Don’t limit yourself. Many people limit themselves to what they think they can do. You can go as far as your mind lets you. What you believe, remember, you can achieve.”
 :)

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

E amanhã...

«IF» não existe


O dia não interessa, nem sequer me diz nada.
Existe a necessidade de encerrar o capítulo e isso sim é o que fica retido.
Não percebo. Não julgo porque não percebo.
Como é que o que hoje é importante amanhã deixa de o ser?
Como é que deixamos de ser uma pessoa importante na vida de alguém de um momento para o outro?
Como deixamos em branco o espaço que outrora foi preenchido com confidências, alegrias, tristezas, sentimentos, palavras, momentos partilhados?
Como é que hoje sentimos que é para sempre e amanhã deixamos tudo para trás?
O que foi dito/vivido não foi sentido? Não foi verdadeiro?
Tantas, mas tantas perguntas que vão permanecer sem resposta…
Nas introspecções diárias que faço penso em tudo e tenho as minhas respostas, mas as tuas nunca vou ter.
Pensava que tínhamos o que muitos querem mas poucos conseguem, uma cumplicidade “inatingível por qualquer ser humano” dizias tu. Concordei. Nunca antes tinha atingido esse patamar.
As relações (note-se que se entende qualquer tipo de relação, neste caso de amizade, sentimentos existentes, ou não, á parte) não são perfeitas, e ainda bem caso contrário não existiria a constante “conquista” que se faz notar nos mais pequenos pormenores.
Sem pensar nisso, ou existir algum esforço, o meu “eu” veio sempre ao de cima contigo.
Parvoíces, desabafos, resmunguices, mau feitio, alegrias, tudo aquilo que nos caracteriza positiva ou negativamente, conheces-te tudo ao pormenor. Conhecias-me. Adivinhavas-me.
Confiava em ti como se de uma parte de mim se trata-se. De olhos fechados. Sem olhar para trás.
Sabia o teu estado de espírito apenas pela forma como escrevias as mensagens, como atendias o telemóvel… Sentia quando estavas menos bem (fuck nunca percebi como isto acontecia). Sabia também quando me estavas a ouvir mas não me estavas a escutar. E sabia que estavas sempre ali. Quando estava eufórica, deprimida, a precisar de opiniões ou simplesmente quando precisava de um “travão” sabia a quem recorrer. Agora não sei. Ou melhor não tenho. Tenho bons amigos, é verdade e tu sabes. Nenhum como tu. Nenhum que me faça sentir eu como quando estou contigo. Nenhum que tenha o dom de me conhecer dessa forma. Nenhum que partilhe da mesma doença que eu.
Não entendo como chegámos a este ponto. E apesar de dizer/pensar que também já não quero saber, a verdade é que queria saber sim. Mas não vou fazer nada para que isso aconteça. Cortas-te relações, e qualquer aproximação (mensagem ou email) foi em vão.
Não sei de ti. Não te posso falar de mim. Não te vou dizer como isso me deixa porque se realmente algum dia me conheceste deves saber.
Não sei onde hei-de colocar a confiança que estava depositada em ti.
Sempre disseste que para sempre é tempo de mais, e que não acreditavas. Pois eu ingenuamente acreditei e olha no que deu… A minha convicção de que existem coisas que são realmente para sempre foi abalada com tudo isto. Porém continuo a acreditar, pois para mim serás para sempre a estrela branca, com a diferença de que já não consigo chegar a ela.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O Amor e a Vida

 O amor é uma imagem da nossa vida. Tanto o primeiro como a segunda estão sujeitos às mesmas revoluções e mudanças. A sua juventude é resplandecente, alegre e cheia de esperanças porque somos felizes por ser jovens tal como somos felizes por amar. Este agradabilíssimo estado leva-nos a procurar outros bens muito sólidos. Não nos contentamos nessa fase da vida com o facto de susbsistirmos, queremos progredir, ocupamo-nos com os meios para nos aperfeiçoarmos e para assegurar a nossa boa sorte. Procuramos a protecção dos ministros, mostrando-nos solícitos e não aguentamos que outrem queira o mesmo que temos em vista. Este estímulo cumula-nos de mil trabalhos e esforços que logo se apagam quando alcançamos o desejado. Todas as nossas paixões ficam então satisfeitas e nem por sombras podemos imaginar que a nossa felicidade tenha fim.
No entanto, esta felicidade raramente dura muito e fatiga-se da graça da novidade. Para possuirmos o que desejámos não paramos de desejar mais e mais. Habituamo-nos ao que temos, mas os mesmos haveres não conservam o seu preço, como nem sempre nos tocam do mesmo modo. Mudamos imperceptivelmente sem disso nos apercebermos. O que já adquirimos torna-se parte de nós mesmos e sofreríamos muito com a sua perda, mas já não somos sensíveis ao prazer de conservar o adquirido. A alegria já não é viva, procuramos noutro lado que não naquele que tanto desejámos. Esta inconstância involuntária acontece com o tempo que, sem querermos, não perdoa: mexe no nosso amor e na nossa vida. Apaga sub-repticiamente dia-a-dia algo da nossa juventude e da nossa alegria, destruindo os nossos maiores encantos. Tornamo-nos mais circunspectos e juntamos negócios às paixões. O amor já não subsiste por si mesmo, indo alimentar-se de ajudas exteriores. Este estádio do amor corresponde àquela idade em que começamos a ver por onde devemos acabar com ele, mas não temos a força para acabar directamente. No declínio, no amor como no da vida, ninguém quer resolver-se a evitar a maneira de prevenir os desgostos que ainda estão por vir; ainda se vive para aceitar os males futuros, mas não para os prazeres. Os ciúmes, a desconfiança, o medo de nos tornarmos maçadores e o medo que nos abandonem são males ligados à velhice do amor, tal como as doenças se agarram à demasiado longa duração da vida. Nesta idade, sentimo-nos viver, porque sentimos que estamos doentes, como só sabemos que estamos apaixonados quando sentimos as penas do amor. Só se sai do adormecimento das relações demasiado longas pelo enfado e pelo desgosto de ainda nos vermos agarrados. Enfim, de todas as decrepitudes, a do amor é a mais insuportável.

La Rochefoucauld, in 'Reflexões'

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

E às vezes...

...As saudades apertam...